domingo, 13 de fevereiro de 2011

Moradores reclamam que estão vivendo no meio do mato, rodeados de lixo

Quem mora próximo do Ribeirão Araras, pede socorro quanto a sujeira, mato, entulho, pneus e até animais mortos bem perto das residências. Local se tornou um bota-fora da cidade
Risco de Dengue: Pneus expostos ao sol e a chuva armazenam água e chamando o mosquito da Dengue e colocando os moradores em risco de contrair a doença 

Entulhos e muito lixo estão espalhados por toda a extensão da Avenida Maria Conceição Marinho. Local usado para a prática da caminhada no fim de tarde, está tomado pelo mato

Cenas comuns: Nesta foto, restos de animais são jogados ao lado do Ribeirão Araras

Esta é uma via pública no fundo do bairro Chácara Catumbi. Veículos tem dificuldades para usar o trecho que não possui asfalto e a sujeira toma conta  

Taludes colocados no ribeirão Araras para conter a água da chuva está caindo. Nesta imagem, a erosão é grande colocando em risco, motoristas e pedestres que passam pelo local

Denis Pereira - Voz da Notícia
Não é simplesmente mato alto. A situação dos moradores das proximidades do Ribeirão Araras é caótica. E o pior é que muitos pedidos já foram feitos à Prefeitura, mas nada foi feito, nem mesmo resposta os moradores receberam.
Como forma de mostrar a seriedade que o problema tem causado, um ofício foi enviado a prefeita Luciana Mendonça no dia 19 de janeiro. Seguindo todos os caminhos legais, o documento foi protocolado no setor da prefeitura, junto a um abaixo assinado com mais de 100 assinaturas, nele está expresso o drama que parece não ter fim.  
O líder dos moradores é o músico Mauro Luis Marques, é ele quem representa os bairros Francisco Vieira Campos, Parque Veredas, Jardim Bom Pastor e Catumbi. A EQUIPE POSITIVA esteve em sua casa onde pode comprovar ter acesso a imagens impressionantes dos crimes que estão sendo cometidos.  
Uma das primeiras preocupações expressadas no ofício, é quanto ao investimento feito pelo Governo Municipal na construção de taludes no ribeirão. “Somos sabedores do trabalho que dá e do tempo que leva para conseguir verbas para este tipo de obras, mas, não podemos ficar à mercê do acaso”.
O mato é alto demais e próximo dos taludes já existe uma grande erosão, colocando em risco a segurança de crianças que brincam nas proximidades e de pessoas que passam pelo local. Já a estrada de terra, sequencia da Avenida Maria da Conceição Queiroz Marinho, invadida pelo mato e ocupada pela sujeira depositada por pessoas de várias localidades, muito usada para caminhadas no fim da tarde, está sendo fechada devido a quantidade de lixo doméstico, entulhos de construção e até animais mortos. Em uma das fotografias, um boi que havia sido abatido, foi jogado na beira do ribeirão.
Se os Agentes de Endemias percorrem casas e estabelecimentos comerciais, orientando as pessoas quanto a acúmulo de água parada, falta à prefeitura cuidar do espaço que é de sua responsabilidade. Lá, pneus são jogados ao céu aberto ficando expostos ao sol e a chuva. Ano passado, houve três casos de Dengue confirmados nos bairros citados, graças ao acúmulo de água que fica nas sacolas plásticas e nos pneus. Mauro Marques já procurou a Vigilância Sanitária que reconheceu a necessidade rápida de uma ação contundente e já se reuniu com a Secretaria de Transportes e Obras.
Na Secretaria de Meio Ambiente, o líder comunitário levou à secretária Maria Aparecida Mendes, fotos, cópias do ofício e do número do protocolo enviado ao Poder Executivo. Ela prometeu uma resposta que até também não foi dada. “Enquanto eu estava na secretaria de Meio Ambiente, mais 8 caminhões de entulhos eram depositados aqui no fundo das nossas casas. Porém, tudo foi filmado e fotografado e os dados do veículo serão enviados a Secretaria de Meio Ambiente”, conta. Mauro procurou os vereadores na Câmara Municipal, porém não encontrou ninguém, mas, foi orientado pelos servidores Carlos e Luciano a oficializar os vereadores o que já foi feito.
Mauro, acrescenta que como responsável pela cidade que é, como cidadão, está tentando ajudar, mas, está caminhando a um ponto que já não saber mais o que fazer. “Como eu tenho a população do meu lado que emprestou seu nome e me apóia através do abaixo assinado e nada foi feito, a cobrança está caindo sobre mim”, lamenta. Para resolver o problema é preciso máquinas pesadas e caminhões, vários dias. Se dependesse do trabalho dos residentes dos bairros, a situação não tinha chegado a este ponto.
Na expectativa de que providências sejam tomadas em caráter de urgência, pois virou uma questão de saúde pública e crime ambiental, ele afirma que se a situação não se resolver será preciso acionar o Ministério Público, através de uma ação. A comunidade já contactou com o Programa do CQC da Bandeirantes e a EPTV, para registrar o problema em reportagem.
Nossa equipe vai procurar os setores da prefeitura, citados na reportagem, para ouvir a versão da Administração quanto as reclamações.

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