sábado, 18 de junho de 2011

“Não sou candidato a prefeito. Vice é um caso a pensar”, afirma o médico Luiz Roberto Laurindo Dias


* Dr. Luiz Roberto Laurindo Dias
* Idade: 54
* Há 30 anos é medico cardiologista e clínico geral 
* Filiado ao Partido Republicano Progressista

Denis Pereira
Voz da Notícia

As vésperas de mais uma eleição de âmbito municipal, a lista de nomes que vai concorrer ao cargo de prefeito para os próximos quatros anos cresce a cada dia. E toda eleição, o nome do médico cardiologista Luiz Roberto Laurindo Dias é sempre citado como postulante ao cargo maior de Três Pontas. Seu nome em 2011, é lembrado como um possível candidato do senador Clésio Andrade, que além dele, existem vários outros do grupo, inclusive o da prefeita Luciana Mendonça a reeleição.

Veja a entrevista na integra concedida

Em 2012 é ano de eleições municipais. Mais uma vez seu nome é ventilado como pré candidato a prefeito de Três Pontas. Desta vez, o senhor é candidato?
Não. Não sou candidato, porque este ainda não é o momento. O meu momento é de continuar investindo no trabalho.

Este momento pode existir então?
Um dia sim.

A que o senhor atribui o seu nome ser novamente cogitado?
Não sei. Não sei porque as pessoas acham que eu tenho que ser candidato a prefeito.

E como o senhor se sente sendo cogitado como candidato?
Olha se for pelo povo é muito bom, porque a gente sabe que tem o carinho dele. Porque isto é o mais importante. Agora não como político.

O Dr. Luiz Roberto se considera um político?
Eu gosto da boa política, do respeito às pessoas, ao povo, acho que isto seja importante. Eu gosto deste tipo de política que você faz para o povo e pelo povo e não para você.

O senhor disse que não é candidato. Mas se partisse um convite do grupo político que administra a cidade?
Não. Não é o meu momento. O meu momento é trabalhar e a hora que você se dedica politicamente, é para a cidade toda.

Nem o cargo de vice prefeito?
Ai é só pensar. Ai ele tem que pensar, porque quem administra é o prefeito. O vice trabalha junto, mas, não tem a responsabilidade que o prefeito tem.

Então o senhor pode sair candidato a vice?
É algo a pensar. Tem que ser muito conversado com minha família. Isto ai a gente ainda em que pensar.

Que comentário o senhor faz de vários nomes que são comentados como pré candidatos a prefeitura de Três Pontas? Entre eles, o ex-prefeito Paulo Luis Rabelo, Francisco Eustáquio, Daniel Reis Diniz, Argemiro Galvão, prefeito de Santana da Vargem, João Victor Mendes de Mendonça e da prefeita Luciana Mendonça.
Olha são todos nomes e se existe capacidade eles é que tem que saber. Eu tenho a minha opinião particular de cada um. Cada um tem a sua condição, a sua qualidade.

Qual a análise o senhor faz da cidade hoje?
O que eu vejo são muitas obras na cidade. Se você tiver um pouco de boas intenções elas vão ver por toda a cidade, na Peret, no Antônio de Brito, Morada Nova. Temos que falar dos quilômetros de asfalto que foram feitos, as casas próprias. A cidade mudou. Foram promessas quando o Glimaldo entrou em mexer na área da saúde e do social. Vieram estas obras através do próprio Clésio Andrade (senador). Nós não podemos negar que uma cidade que não tem um político ou em Belo Horizonte ou em Brasília, se torna muito difícil de trabalhar.
O senhor citou o nome do senador Clésio Andrade. Para o senhor o que representa Três Pontas ter estreito relacionamento e ser base política do senador Clésio e do deputado federal Diego Andrade?
Eu acho muito importante para a cidade. A cidade tem vários deputados que levaram o voto e nunca trouxeram nada. E até hoje isso ainda acontece. No momento que você tem, pessoas como Clésio e Diego que estão ajudando e fazendo pelo município é isso que é importante e nós não podemos negar.  Assim como tivemos no passado o deputado federal Sérgio Naya. Quem deu o primeiro pontapé inicial na Unidade Terapia Intensiva (UTI) foi o Sérgio Naya com aqueles aparelhos. E o hoje é Clésio que continua ajudando através de verbas que ele conseguiu. Nós temos que ter o bom senso, nos curvar a essa idéia e não ficar brigando como aconteceu no passado. E o que trouxeram? nada. Qual foi o deputado que ajudou? Nenhum.

O senhor acredita que um candidato que vença as eleições, não tendo o apoio do senador Clésio, seria um retrocesso para a cidade?
Depende de quem está apoiando este candidato. Mais qual deputado e senador que estão mostrando a cara na cidade hoje? Eu aprendi uma coisa com meus pais. A gente tem que ter segurança. Temos que investir em quem apóia o município. Buscar apoio depois é muito difícil, porque geralmente estes deputados vêem pegam o nosso voto e nunca mais aparecem. E temos exemplos disso hoje em Três Pontas. Pegue estes deputados que tiveram daqui e não trouxeram mais nada.
Em termos de saúde, o senhor que convive diariamente com os problemas no Pronto Atendimento Municipal, no qual o senhor é chefe e no seu consultório, como o senhor vê este setor?
Nós melhoramos o Pronto Atendimento Municipal em termos de material e as pessoas podem ir lá ver. Temos materiais de ponta, como Respirador, Monitor e Desfibrilizadores, que agora temos dois. Nós ficamos com material da época da Adriene (ex-prefeita) e depois num foi investido em mais nada dentro do Pronto Atendimento. E agora já fazem cerca de um ano que nós temos. Alguns medicamentos diferenciados, fizemos um acordo com um grupo de médicos que lá atendem em colocar lá dentro o que não existia. Em relação aos centros de saúde, nós temos hoje vários especialistas que não tínhamos, como pneumologista, cardiologista, o Gastroenterologista. Foram buscadas especialidades que antes não se tinha, o que era uma idéia do Glimaldo. Isto só não vê, quem não quer, ou não quer enxergar. Eu vejo muito este lado da evolução do ser humano, da cidade, da saúde... ela evoluiu. Dificuldades existem sim.

Que analise o senhor faz da administração da prefeita Luciana Mendonça?
Acho a Luciana uma pessoa muito inteligente. Ela pegou uma prefeitura que ela não tinha idéia porque ela não tinha o seu grupo. E até você colocar tudo em mente e organizar isto leva tempo. Depois para este grupo chegar com um projeto dele próprio e colocar em prática leva tempo. Com o falecimento do Glimaldo ela não tava com o projeto dela em mãos. O projeto era do Glimaldo e ela teve que dar continuidade. É diferente de quando você faz uma casa e termina. Quando você contrata um pedreiro para começar a obra e outro para terminar, pode esperar que algo vai sair errado. Isso desestruturou a Luciana psicologicamente, ela recuperou mas mesmo assim, ela não trabalhou talvez com o pessoal dela, ela foi obrigada a equipe do Glimaldo. Eu por exemplo, fui chamado pelo Glimaldo e ela me manteve. Se você me perguntar se eu supri as necessidades da prefeita, eu não sei. Talvez não. E isso pode acontecer.

O senhor que hoje faz parte da equipe de Luciana, o senhor acredita em uma candidatura a eleição da prefeita?
Isso depende muito do que tem na cabeça de Luciana. Se ela quer continuar, se quer sair candidata, se ela quer trabalhar fora de Três Pontas, se quer trabalhar na cidade, mas fora da prefeitura. Ser prefeito é uma dedicação 24 horas e é estressante. Só para se ter uma idéia, fazem dois anos e seis meses. A minha viagem é sair no sábado e voltar no domingo. Depois que o plantão no Pronto Atendimento está acertado. Esta sintonia eu preciso ter com o PAM, porque eu não sei se o médico vai trabalhar e se ele faltar eu tenho ir se não conseguir ninguém. Faz dois anos e seis meses que eu não vou à casa da minha mãe. Ela é que vem aqui. A responsabilidade é minha e é isso que é cargo de confiança, fazer o que você se propôs com a prefeita e com o povo. Porque existem cargos de confiança que está na intenção do salário e para ficar criticando a prefeita. Se você tem que sair para passear, então não assuma um cargo desses. O cidadão que está achando que ele vai ficar dentro da prefeitura para comprar carro novo, para meter a mão, está enganado. A pessoa que pensa assim tem que ser preso.

O senhor que já foi secretário municipal de saúde e já ocupou em outras administrações o cargo de Chefe do PAM, qual foi a época mais difícil que o senhor vive dentro desta área?
A saúde evoluiu muito. Quando eu era secretário de saúde, eu tinha 7 ou 8 pessoas na administração da secretaria. Hoje você tem quase 200.  Por exemplo, hoje você pode ver que o PAM evoluiu desde a época em que o Tadeu Mendonça (ex-prefeito), assumiu o Pronto Atendimento. Sempre houve uma melhora na área da saúde. Não quer dizer que o prefeito anterior foi pior do que este, não. É evolução que faz parte da saúde. Agora é claro que houve prefeitos que deixaram a saúde com menos condições de tecnologia de trabalho, não investiu como deveria.

Como por exemplo?
A não citar nomes é muito ruim. Eu deixo prá que eles façam suas próprias críticas. Mas podemos não podemos esquecer uma pessoa que iniciou a saúde em Três Pontas. Carlos Mesquita, foi ele foi que abriu os postos. Assim como o Tadeu Mendonça assumiu o Pronto Atendimento e deu o primeiro pontapé junto com o Sérgio Naya (deputado), na primeira Unidade de Terapia Intensiva do hospital. Assim como a segunda UTI que é de qualidade, começou agora com o senhor Clésio Andrade que deu este pontapé e arrumou a verba para fazer a obra do PAM. E agora ele (Clésio), junto com a Luciana ele conseguiu material para montar o Pronto Atendimento em termos de tecnologia de ponta.

O senhor citou a primeira administração do ex-prefeito Carlos Mesquita, ‘como o criador da saúde’. Naquela época se tinha muitos recursos para fazer investimentos?
Naquela época eu me lembro que o café estava em alta. E existia uma verba maior e ele construiu os centros. Eu lembro que trabalhei no Centro de Saúde do Catumbi e no Padre Vitor que eram casas. Isto fez com que a cidade crescesse, pois ela já tinha a idéia de fazer estas obras. A saúde de Três Pontas é totalmente diferente das outras cidades. É uma saúde de qualidade, com tantos centros e com Pronto Atendimento neste padrão, um hospital de alto padrão.

Quais as suas considerações?
Eu acho que a população tem que pensar muito, já que falamos em votação, pensar bem em quem vai nos ajudar. Nós precisamos de ajuda. Ajuda séria e verdadeira. Não adianta prefeito ficar brigando com político. A cidade tem que crescer e no momento quem está fazendo com que a cidade cresça se chama Clésio Andrade e agora com seu sobrinho Diego Andrade. É um pensamento particular meu. Em determinado momento é preciso pensar neste ponto de vista.

4 comentários:

anonimo 2 disse...

outro forasteiro querendo governar a cidade e ainda por cim dando corda ao garupeiro fazer o bem com chapeu dos outros é muito facil usar entidades para lavar dinheiro é ainda mais facil.Pobre Tres Pontas.

PT Sul de Minas Regional Sul 1 disse...

Faco um destaque ao comentario feito pelo nobre medico em sua gravacao na qual ouvi neste blog relatando nao envio d verbas por nenhum deputado recentemente o Deputado e vice lider do governo na Camara dos Deputados Odair Cunha destinou verba para reforma de 12 quadras.

Anônimo disse...

Uma outra informacao o deputado Odair Cunha que tem compromisso com Tres Pontas,por uma acao integrada com o ex vereador Chico Botrel e com a administracao do ex-prefeito Paulo Luiz garantiu que o projeto que leva agua para os bairros Santana, Margarida e outros entrasse no PAC no inicio de seu lancamento ainda no governo do presidente Lula, essa obra de grande porte esta em execuçao, uma outra coisa e o envio de verbas para construcao de casa populares, a sua acao continua>>>

Paulo Goncalves disse...

Quem acha ruim desse medico entrar para politica de Tres Pontas, é porque nao quer o bem da cidade , o que ta faltando na politica de tres pontas é preparo e isso ele tem de sobra.Vamos votar em pessoas preparadas,que tenham inteligencia para produzirem e aprovarem leis que beneficiem o povo.