Denis Pereira
A Voz da Notícia
A Câmara Municipal de Três
Pontas, reuniu os vereadores nesta quinta-feira (23), no Plenário Presidente
Tancredo Neves, para a sessão ordinária semanal, realizada toda segunda-feira
Por causa do Carnaval a reunião foi transferida e houve muita discussão devido
a pauta recheada de projetos. Ainda tiveram dois projetos incluídos para
votações, entre eles, a abertura de crédito especial para aplicação em obras de
pavimentação.
O primeiro projeto analisado
pelo Plenário, tem como proposta alterar a lei municipal 3.057 de 22 de janeiro
de 2010, estabelecendo um novo prazo de 90 dias, para regulamentação de
desmembramento de imóveis do Pontalete de propriedade do Município. Ao mesmo
tempo, autorizar o Executivo a fazê-lo através de decreto. O secretário da Mesa
Érik dos Reis Roberto (PSDB), fez alguns questionamentos, quis apresentar uma
emenda, mas, o projeto acabou sendo retirado atendendo a seu próprio pedido. A
atitude do presidente Sebastião Pacífico (PSD), causou insatisfação do vereador
Antônio Carlos de Lima ‘Antônio do Lázaro’. Já estava sendo feita a leitura do
segundo item, e ele condenou a ação de Pacífico de não ouvir o plenário, que
segundo ele é soberano. O próprio secretário, com o apoio do vice-presidente
Sérgio Eugênio Silva (PPS), rebateram e disseram que o presidente tem sim
competência para isso. José Henrique Portugal (PMDB), defendeu Antônio, disse
que o colega teria até o fim da sessão para apelar e pedir que o projeto fosse
votado. Pacífico consultou o plenário que manteve a retirada.
Os quatro próximos projetos
seguiram em ritmo acelerado de votação, sem grandes discussões dos
legisladores. Por unanimidade eles aprovaram a renovação de aluguel do imóvel
na Praça Tristão Nogueira, para a concessão ao Estado de Minas Gerais,
destinado a instalação provisória da Delegacia de Polícia Civil. O contrato de
locação no valor de R$3mil será em parceria com a prefeitura de Santana da
Vargem, que fica responsável pelo pagamento mensal de um terço do valor.
Sem demora os vereadores
aprovaram a criação do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com
Deficiência. O órgão de caráter permanente, deliberativo, vinculado à
Secretaria Municipal de Assistência Social, tem o objetivo de assegurar-lhes o
pleno exercício dos direitos individuais e sociais. O Conselho funcionará como
órgão que regulamenta, controla, fiscaliza e defende as políticas de
atendimento aos deficientes em âmbito municipal.
O quarto projeto que
prorroga por 90 dias, o prazo estabelecido na lei municipal 3.223 de 19 de
outubro de 2011 para a lavratura da escritura pública de uma via localizada
entre a Caio de Brito e João Batista Reis para pagar dívida com o Município. Os
vereadores apenas referendaram a iniciativa do Executivo e aprovaram.
Do vereador José Henrique
Portugal foi aprovado um projeto que estava na Casa e mais de um ano. Trata da
obrigatoriedade de instalação de divisória de proteção ao cliente nos caixas
eletrônicos e nos caixas das instituições financeiras, visando maior segurança
aos usuários, levando-se em conta os roubos nas saídas dos bancos crescerem a cada
dia. O autor do projeto, pediu apoio dos colegas e disse que alguns
estabelecimentos já possuem esta proteção, outros não. Sérgio Silva cobrou os
meios usados pelo Poder Executivo para fiscalizar as leis que são aprovadas na
Câmara. Lembrou que um projeto seu, que determina que bancos e casas lotéricas
tenham câmeras nas fachadas já é lei, porém, não há fiscalização.
Seguindo a ordem do dia, um
Projeto de Resolução seria o próximo trabalho da noite. A aprovação das contas
de 2010 da prefeita Luciana Ferreira Mendonça (PR), vinda do Tribunal de Conas
do Estado de Minas Gerais. A aprovação do TCEMG veio junto com uma
justificativa da vice presidente do Tribunal Adriene Andrade que enviou a
análise feita pelo órgão, à Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização da
Câmara que opinaram pela aprovação das contas da prefeitura. Sérgio Silva,
afirmou que o TCE aprovou porém, as demais comissões técnicas da Casa não
receberam o projeto. Lembrou novamente dos mais de R$7milhões de restos a pagar
de 2011. José Henrique pediu vistas pois não conhece o teor do Projeto de
Resolução e há o prazo de 120 dias para que ele seja votado. O presidente
também deferiu o pedido, deixando para a reunião já da próxima segunda-feira a
votação destas contas.
Em seguida, atendendo aos
pedidos dos vereadores Antônio do Lázaro e Sebastião Pacífico foram incluídos
mais dois projetos.
O primeiro vereador pediu
que os colegas votassem o projeto que estava na pauta na semana passada,
referente a abertura de crédito especial no valor de R$351.311,83 para
aplicação na aquisição de materiais de consumo, que serão enviados a escolas e
Centros Municipais de Educação Infantil. Na última sessão, os vereadores da
oposição acharam que o projeto se referia a doação dos kits escolares já
entregues pela Secretaria de Educação a todos os estudantes da rede municipal.
Antônio afirmou que os colegas cometeram um equívoco, pois, o projeto se refere
a troca do mobiliário da Escola Municipal João de Abreu Salgado no bairro
Catumbi. Sua fala foi reforçada por Pacífico que reinterou que não se trata dos
kits distribuídos pela prefeita.
O debate foi aberto e foi
inteiro de cobranças do bloco da oposição. Para eles, a prefeita não os
oficiaram sobre a real necessidade do projeto, porém a contadora do Município
esteve na Casa, disse que enviaria o documento, o que não foi feito. José
Henrique ponderou que falta habilidade política deste governo, o que tem
prejudicado o desenvolvimento da cidade, pois, segundo ele, a falta sintonia afeta
diretamente o povo trespontano. Sérgio Silva continuou mantendo seu voto contra
a entrada de qualquer projeto na ordem dia, o que não implica no seu voto. Na
votação o projeto foi aprovado com o votos contrários de Érik e
Alessandra.
O último trabalho da sessão
foi o pedido do próprio presidente Pacífico. O projeto que altera o Plano
Plurianual e a Lei Orçamentária de 2012, abre crédito especial no valor de R$697.425,31
para aplicação dos recursos nas obras de pavimentação de vias urbanas do
Município. Houve muita discussão e o foco da discussão mudou. Antônio e Érik
retiraram das cinzas a construção do Centro Sócio Educativo, na administração
do ex-prefeito Glimaldo Paiva. Érik falou dos investimentos que a cidade perdeu
com a instalação da unidade em Alfenas. Antônio repudiou e disse Varginha não
quis um presídio na divisa com Três Pontas. Érik acrescentou que existem tantas
coisas também urgentes, como bairros que necessitam de infra estrutura básica,
como o São Francisco de Assis, alvo de manifesto do Ministério Público.
Sérgio Silva sugeriu uma
troca. De que os vereadores enviem um ofício assinado pelos 10 representantes
do Legislativo ao Executivo requisitando providências quanto a situação dos
moradores dos bairros Francisco Vieira Campos, Parque Veredas e adjacências.
O músico Mauro Luis Marques,
enviou um novo ofício que foi lido durante a sessão, implorando mais uma vez em
nome dos cidadãos dos bairros, que os vereadores intervenham mais uma vez na
atribulação anti-social e de descaso do Poder Público. No documento, consta que
desde 2012, os moradores travam uma batalha para que o lixo depositado na
sequência da Avenida Maria da Conceição Queiroz Marinho, seja retirado e que
seja feita a fiscalização. Quintal de diversas casas e de acesso a qualquer
pessoa, a avenida já está se fechando por tamanha quantidade de entulho que é
nela depositado todos os dias. São animais mortos, pneus, sacolas plásticas,
televisores, monitores de computador, entre outros.
Voltando ao assunto, José
Henrique disse que é preciso fiscalizar o serviço que está sendo realizado,
pois, bairros recentemente recapeados, já apresentam problemas, caso do
Pontalete e Santa Margarida, este último citado por Geraldo Alves Lopes (PMDB).
Ele divulgou que a pavimentação são de ruas nos bairros Vila Marilena, Cidade
Jardim, Morada Nova e algumas ruas no Ponte Alta. Érik lembrou que Três Pontas
recebeu em torno de R$8 milhões em massa asfáltica desde 2009.
Depois de muita discussão o
projeto foi aprovado. Votaram contra Alessandra Sudério e Érik dos Reis. O
vereador José Darcy Pereira (PSD), não estava presente no Plenário no momento
da votação.
Voltando a questão dos
moradores dos bairros Francisco Vieira Campos e Parque Veredas, durante o
pequeno expediente os vereadores da oposição afirmaram que o Executivo está
tratando a situação com descaso, já que nem resposta dá aos moradores. Pois
ofícios enviados não são respondidos e a situação não muda. Para eles, o caso
deve ser enviado ao Ministério Público, já que os legisladores não obtém
resposta e a imagem deles fica desgastada com a comunidade.
Eles votaram por requisitar
o Executivo sobre a situação da Avenida Conceição Queiroz Marinho.

Um comentário:
Érik, Alessandra e Sérgio,o blá,blá,de vocês já encheu o saco, tá na hora de apresentar resultados, a eleição está chegando.....
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