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Missa
de abertura do processo de beatificação será neste domingo na Matriz. Em
seguida, restos mortais serão levados para o Carmelo, onde será inaugurada a
capela Nossa Mãe
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Denis Pereira
A Voz da Notícia
As irmãs Carmelitas se preparam desde que
chegou de Roma a licença para a abertura do processo de beatificação de Teresa
Margarida do Coração de Maria, “Nossa Mãe”, em 07 de julho de 2011. A partir
daí, a vida das enclausuradas se girou em torno disto. Há um mês, a comunidade
religiosa está fazendo uma preparação espiritual, uma vivência da prática das
virtudes e ainda mais de oração e silêncio. “A gente está se preparando para
viver na intensidade este momento tão especial e único. Esta é a primeira vez
que isto acontece e nos deixa muito felizes, mas aumenta a nossa
responsabilidade, pois ela seguiu esta mesma vida e viveu na perfeição, ao
ponto de ser reconhecida pela igreja”, afirmou a priora do Carmelo São José,
irmã Vânia Maria do Espírito Santo (foto). Em uma das cartas que recebeu recentemente,
uma pessoa brincava que para ser santo precisa vir para Três Pontas, por causa
de Padre Victor e agora Nossa Mãe. Alias, no início do ano a vida e virtudes do
Anjo Tutelar foram reconhecidas pelos bispos e cardeais, faltando a decisão do
Papa Bento XVI para se tornar Venerável.
O reconhecimento do povo de Deus, vai se
transformar em um processo de beatificação da Serva de Deus Nossa Mãe, outra
benção para Três Pontas, que tinha desta mulher de pequena estatura, mas de
coração enorme, suas orações e conselhos.
O processo será aberto em sessão solene
marcada para as 16 horas deste domingo (04), na Matriz Nossa Senhora D’Ajuda. Porém,
a partir de 14 horas os restos mortais da Nossa Mãe já estarão em urna para
visitação na igreja. Logo em seguida começa a celebração, que segue um ritual
diferente das habituais. No fim da celebração os fiéis saem em procissão até o
Carmelo, onde os restos mortais serão colocados no túmulo e a capela será
inaugurada. Para a cerimônia, as irmãs deixaram a Casa e vão à Matriz, junto a
outras comunidades religiosas de diversas localidades do Brasil. De Minas
Gerais, já estão confirmados as presenças dos carmelos de: Patos de Minas,
Passos, Divinópolis, Belo Horizonte, Montes Claros, Coronel Fabriciano e Pouso
Alegre. De São Paulo, Tremembé e Aparecida, onde ela começou a vida religiosa, além
de Trindade em Goiás. Algumas religiosas já chegaram a Três Pontas e acompanham
toda a preparação de perto.
EXUMAÇÃO
Os restos mortais foram retirados do túmulo
no Cemitério no início da noite do último domingo (26). Fechado ao público,
após alguns religiosos participaram. Foram quatro irmãs do Carmelo, os padres
Vânis, Ednaldo e Rogério, pedreiro e mestre de obras, e policiais militares que
ajudaram na segurança do traslado. Da Diocese da Campanha, Dom Diamantino Prata
de Carvalho que fez as orações durante a abertura do caixão. De Roma o postulador da Causa, Dr. Paolo Villota já está na cidade e
participou do ato. Quando chegou ao Carmelo, os sinos soarem o que chamou a
atenção dos vizinhos, que pararam em frente ao prédio e do grupo de oração
Kerigma, que se reúne todos os domingos a noite na capela.
Durante esta semana,
os ossos estão passando por tratamento para não deteriorarem. Eles serão
colocad
os em uma capela mortuária, construída anexo a igreja do Carmelo. O
local que já está pronto tem entrada independente ao público, sem interferir na
rotina da Casa e ficará aberta o dia todo.
A obra coordenada pela arquiteta Daniele Figueiredo
Brito Barbosa, explicou às irmãs, quais os significados de cada item usado na
edificação. No fundo do vidro há um
crucifixo, com uma parede toda de pedras portuguesas brancas, representando o
povo de Deus. As paredes são de madeira, significando a vida de austeridade do
Carmelo. O chão é todo de granito com algumas manchas escuras, representando o
mundo de hoje, tão conturbado, cheio de problemas, como a miséria e a
violência; contou Irmã Vânia. O túmulo é todo branco, significando a vida de
santidade e pureza de nossa Mãe, que dentro do Carmelo, conseguiu enxergar o
povo de Deus.
PROCESSO
Para cuidar do processo de beatificação, Dom Diamantino
nomeou duas comissões - um Tribunal Eclesiástico e a Comissão Histórica, com
cargos e posições definidas dentro da Diocese. O juiz delegado padre Ednaldo
Barbosa, o promotor padre Rogério Silva e o notário Ronaldo Frigini de São João
da Boa Vista já com experiência em processos de beatificação que já começou a
trabalhar, ouvindo testemunhos sobre a Madre, começando pelas irmãs de outras
comunidades que já estão hospedadas no Carmelo São José, formam o Tribunal
Eclesiástico. A notária é irmã Maria Luiza. A Comissão Histórica, encarregada
de procurar os escritos, reportagens veiculadas na imprensa, cartas, presentes
e recordações, tem como responsável padre Vânis Vieira, irmã Elisabeth e a
sobrinha da Serva de Deus, Carmem Sylvia Marques de Carvalho, que seguiu as
orientações do postulador Paolo Villota, e já está digitando documentos,
comentários, versos, poesias e cantos. A priora, aproveita para mais uma vez
pedir ajuda da comunidade, já que foram poucas coisas da Madre Tereza que foram
levados ao Carmelo para ser incluso no processo. “Quero deixar bem claro que
nada disso será divulgado, nem vai aparecer o nome de quem recebeu uma
correspondência com conselhos dela, pois podemos encontrar coisas sobre a
intimidade das pessoas. Precisamos e ter em mãos, a sua forma de atuação”,
explicou irmã Vânia.
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NOSSA MÃE COM A CRUZ DO PADRE VICTOR
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