domingo, 4 de março de 2012

Comarca de Três Pontas entrega Medalha Desembargador Hélio Costa ao médico Marco Túlio Silva Neves

 
Denis Pereira - A Voz da Notícia e Silvano Alves
REPORTAGEM

O médico psiquiatra Marco Túlio Silva Neves recebeu na noite desta sexta-feira no Fórum Dr. Carvalho de Mendonça em Três Pontas, a Medalha Desembargador Hélio Costa. A solenidade reuniu familiares, amigos do homenageado e políticos no salão do júri para a entrega da honraria. O agraciamento é realizado bienalmente nas Comarcas do Estado e visa homenagear o trabalho meritório do Desembargados Hélio Costa, integrar o Poder Judiciário com a comunidade local, divulgar os relevantes serviços prestados pelo agraciado ao Judiciário, além de promover uma efetiva comemoração do “Dia da Justiça.
O diretor do Foro Dr. Pedro Parcekian assumiu a presidência da sessão. Foram chamados para ocupar lugar de destaque dentro do salão, o homenageado Marco Túlio, com a esposa Dra. Giza Barbosa Gambogi Neves, com a filha Maria Clara, a prefeita de Três Pontas Luciana Ferreira Mendonça (PR), o presidente da Câmara Sebastião Pacífico (PSD), o presidente da 55ª Subseção da OAB Luciano Reis Diniz, a juíza Dra. Raíssa Figueiredo Monte Raso Araújo, o juiz da Comarca de Lavras Dr. Gilberto Benedito, o presidente da Câmara de Santana da Vargem Marco Roberto, o comandante da 151ª Companhia de Polícia Militar de Minas Gerais, Capitão Ricardo Francisco Gomes Carvalho e o diretor geral do presídio de Três Pontas Washington Fonseca Borges.

A MEDALHA
A medalha instituída em dezembro de 1995, destina-se a agraciar aqueles que venham prestando ou tenham  prestado relevantes serviços ao Poder Judiciário local. A outorga da medalha é realizada de dois em dois anos, porém, em 2011 não foi possível a realização da solenidade tendo em vista as alterações ocorridas no Poder Judiciário da Comarca de Três Pontas, quando da permuta de Dr. Pedro com a Dra. Juliana Miranda Pagano.
O agraciado coma a Medalha Desembargador Hélio Costa, Dr. Marco Túlio Silva Neves, foi indicado através de uma comissão constituída na comarca conforme estabelece uma resolução do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Para a indicação do médico, a comissão foi presidida pela doutora Raíssa Araújo e teve ainda representantes do Ministério Público, da OAB, da prefeitura e da Câmara.

A SOLENIDADE
A solenidade foi rápida e no início o médico já recebeu a medalha e o diploma. Depois, ouviu do diretor do foro, os motivos que o levaram a ser o escolhido. Dr. Pedro justificou que o esforço do trabalho, com o dispêndio inclusive de suas horas de folga, com a abnegação desinteressada, fruto apenas e tão somente da sua consciência que tem um dever a ser cumprido, da consciência de que existem muitas pessoas que dependem daquele seu trabalho, tendo o Poder Judiciário como seu último recurso e a última esperança de pessoas em sua maioria carentes, que necessitam ver reconhecidos seus direitos.
O juiz explicou que quando chegou na Comarca de Três Pontas, em novembro de 2011, deparou com um enorme acervo processual, mais de 11.200 processos em sua Vara e desde logo percebeu que, sem o auxílio dos membros da comunidade local, a missão a ser cumprida seria quando não impossível, muito difícil. Um dos maiores problemas vivenciados por juízes de todo o país é a falta de recursos e de estrutura para poder fazer frente às necessidades de um processo, especialmente quando jurisdicionado é beneficiário da Assistência Judiciária gratuita.
“Como conseguir por exemplo, que um médico, que não tem relação com o Poder Judiciário, que não tem nenhuma obrigação de trabalhar sem receber sua justa remuneração, que tem trabalho demais e ainda assim, consegue encontrar tempo para atender apelos de um juiz, atue de boa vontade, prestando serviço técnico-especializado, de qualidade e sem receber nada ou quase nada em troca”, questionou o magistrado.
Essa foi um das perguntas com que se deparou ao chegar em Três Pontas, uma vez que a comarca é grande o número de processos que exigem a atuação de um médico. A resposta surgiu de pronto por meio dos servidores do fórum. Antes de encerrar sua fala, o juiz Pedro Parcekian, destacou Marco Túlio como ser humano abnegado, que tem a consciência de que seu papel, nas comunidades de Três Pontas e Santana da Vargem extrapola a de um simples profissional da área de saúde.

EMOÇÃO DO HOMENAGEADO
Ao proferir seu discurso, Dr. Marco Túlio, disse da dificuldade em encontrar palavras certas, com as quais pudesse externar o que sentia naquele momento de carinho, amizade de tão grande emoção. “Devo confessar que tenho me perguntado a todo instante, se sou merecedor desta grande honra, através da qual me distinguem os poderes constituídos de Três Pontas. Digo, que na verdade, tocou-me profundamente receber esta honraria. Agradeço a todos que proporcionam a emoção deste momento, sabedor que sou, que a gratidão é a memória do coração”, afirmou o homenageado. Para ele, são momentos que jamais esquecerá. Antes de encerrar, sua breve fala, enalteceu o seu amor pela cidade. “Não pude escolher onde nascer, contudo, pude escolher onde viver, onde constituir minha família, onde fincar raízes profundas, que se agarram neste terra, com a força colossal e definitiva dos que amam. Três Pontas abriu-me suas portas colocou minha cabeça em seu peito e recebeu-me com abraços e carinho de mãe”, finalizou. 


 Dr. Marco Túlio recebeu a Medalha e o diploma das mãos doi juiz Pedro Parcekian

A prefeita Luciana Mendonça também entregou uma placa ao homenageado. Na foto, o presidente da Câmara Sebastião Pacífico, a gestora e Marco Túlio

O salão do juri ficou lotado. Servidores da comarca, personalidades políticas e amigos do médico prestigiaram a sessão solene

           A esposa Gisa Gambogi acompanhou o marido durante toda a solenidade

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