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Marcelo disse que não planejou a morte do rapaz, mas que foi agredido sem motivo pela vítima |
Denis Pereira - A Voz da Notícia
A Polícia Civil prendeu no início da tarde
desta segunda-feira (12), Marcelo Aguiar das Neves, de 31 anos que confessou
ter matado o jovem Helder Eduardo Marafigo de 25, durante uma festa no bairro
Aristides Vieira na madrugada de sexta-feira (09).

O acusado
foi preso logo em seguida, ainda em flagrante pela Polícia Militar na casa de
sua irmã, no bairro Jardim Boa Vista. Depois de prestar depoimento a
Polícia Civil de Varginha, ele foi liberado. A faca (foto) usada no crime estava na
residência e foi apreendida. O jovem ficou internado e seu estado de saúde se agravou
na manhã de sábado. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu as 12h20. Natural de
Cornélio Procópio no Paraná o corpo foi sepultado no cemitério de Três Pontas no fim do dia.
Nesta segunda-feira foi
instaurado o inquérito policial. Ao ser interrogado, o Marcelo Neves confessou o crime, mas disse que não tinha a intenção de matar. Justificou que agiu em legítima defesa, porque antes
de esfaqueá-lo, foi agredido por Helton que o desferiu um soco em seu rosto e
bateu sua cabeça contra o lavatório do banheiro da área de lazer. Segundo o delegado
João Pedro da Silva Filho que está a frente das investigações, testemunhas disseram
que o crime aconteceu dentro do banheiro e por isso, ninguém da festa teria
visto. Depois de ser ferido, Helton saiu e avisou os amigos que Marcelo teria o
mordido na barriga. Para o delegado, isto demonstra que ele não viu o que teria
causado os ferimentos nele. “Como uma pessoa toma duas facadas e não vê”,
questiona Dr. João Pedro.
Antes de ser levado para o presídio de Três Pontas,
Marcelo Neves aceitou falar com a Equipe Positiva. O rapaz alega que a confusão não teve motivo,
mulher, bebidas ou o uso de drogas. Naquele dia, Marcelo teria sido o último a
chegar à festa e viu que a vítima estava alterado, talvez por já ter feito o
uso de bebida alcoólica. “Eu estava ajudando a assar churrasco, levei a faca
para o banheiro e do nada comecei a ser agredido. Ele entrou lá, não me disse nada,
e começou a me espancar. Agi em legítima defesa”, revela. Marcelo imaginou que havia
atingido as pernas de Helton e as conseqüências do crime são consideradas uma
fatalidade. Mesmo sendo liberado, Cogumelo esperava ser preso novamente, tanto
que estava em casa e não reagiu a prisão, porque quer pagar pelo que fez.
Ao ser questionado, se está arrependido, o rapaz
que é pai de uma menina de 4 anos, diz que se pudesse mudar a história nem
teria ido a esta festa. A garotinha não sabe o crime que o pai cometeu. A sua
avó disse a ela, que o pai foi trabalhar fora da cidade e vai demorar a voltar.
Marcelo Neves encerrou a entrevista pedindo perdão a família do jovem que morreu.
Dr. João Pedro explicou que o acusado foi liberado,
pois, a Polícia Militar registrou o caso, como lesão corporal, quando deveria
ter sido tentativa de homicídio. Se Marcelo for acusado de homicídio simples a
pena varia de 6 a 20 anos de prisão. Se houver agravantes e o motivo for
considerado fútil, a pena varia de 12 a 30 anos.
Um comentário:
Na teoria tudo é muito bonito, "de 6 a 20 anos de prisão", mas na pratica nao cumpre nem 6 meses!Como tudo nesse país!
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