Denis Pereira
A Voz da Notícia
Produtores rurais e cooperados da Cocatrel, se
reuniram na tarde desta sexta-feira (16), para discutir a renegociação das dívidas da cafeicultura, dação de
pagamento, securitização e PESA. O encontro presidido pelo presidente da cooperativa
Francisco Miranda de Figueiredo Filho, atendeu a um pedido da instituição e do
Sindicato dos Produtores Rurais de Três Pontas e contou com a explanação do
Presidente da Frente Parlamentar do Café deputado federal Diego Andrade (PSD).
A frente tem são
370 parlamentares, entre deputados e senadores que tratam de várias demandas
como o Código Florestal que precisa ser aprovado de forma que todos possam
cumprir as exigências e também o PIS/Cofins.
O bate papo
com produtores de Três Pontas e Santana da Vargem e poucas autoridades foi no
Auditório da Cocatrel e a maior preocupação se refere às dívidas que já
deveriam ter sido pagas, porém, na época, o preço do café estava muito baixo o
que inviabilizou o pagamento das contas.
O encontro sem muitas
formalidades foi aberto por Francisco Miranda, que demonstrou satisfação em
receber o parlamentar, que muito tem ajudado o setor cafeeiro em Brasília.
Explicou que a principal demanda da cafeicultura hoje, é o prolongamento do
prazo para quitação das dívidas, que já estão na União. O Governo Federal
estabeleceu uma resolução dando um prazo para que o produtor regularizasse suas
pendências, pagando um percentual, porém, o baixo preço pago na saca
inviabilizou naquele momento fazer o que determinava o governo. “O Banco do
Brasil é apenas o gestor e a União transferiu para a Receita Federal as
pendências, perdendo o tratamento de dívida rural e passou a ser fiscal. Com
isso, os juros de 6,75% foram para a Selic e o prazo diminuiu”, ponderou
Miranda.
A luta é para que o
Ministério da Fazenda e da Agricultura, restabeleça a Medida Provisória (MP),
estipulando o um novo prazo e que as dívidas volte a ser do setor rural,
mantendo os mesmos juros e o prazo seja de 10 anos.
Diego Andrade afirmou que a
MP que está sendo formatada com o apoio do CNA, pede um desconto de 38% a 70%,
a prorrogação de 15 anos, mas, os técnicos indicaram apenas 7. Porém, com
diálogo entre a frente e os órgãos governamentais eles acreditam que podem ser
atendidos em 10 anos. Além disso, Andrade considera que seja importante
observar a questão do tamanho da propriedade, já que a maioria são pequenos e
médios produtores.
O grupo tem o apoio
importante do ministro do Desenvolvimento Fernando Pimentel, que tem forte
lanço de amizade com o senador Clésio Andrade (MG-sem partido), que também integra a Frente do Café. Para ele, o preço que hoje está em queda, em
2011 apresentou bons números. Na visão de Andrade, seu trabalho consiste em
ouvir os produtores, por isso, está sempre na região buscando saber quais são
os problemas enfrentados pela cadeia produtiva do café. E é nestas andanças
pelas regiões produtoras é que surgiu um encontro com técnicos do governo que
será realizado em monte São de Minas no dia 23 de março. De lá, sairá um
documento que será elaborado pelos participantes e encaminhado ao Palácio do
Planalto para análise.
O gerente do Banco do Brasil
Eduardo Cordeiro da Silva, acrescentou que só na agência do BB de Três Pontas
existem cerca de 400 contratos, que somam mais de R$20 milhões que foram
colocados na dívida ativa apenas no Funcafé.
Outra bandeira levantada
durante a discussão, foi a questão do preço de referência que sempre se mantém,
porém, o preço de produção cada vez é maior. Enquanto o preço médio de custo é
de pelo menos R$342 a saca, o preço de referência é de apenas R$304.
Mesmo não sendo técnico da
área, Diego Andrade aconselha os produtores a investirem em qualidade. “O caminho é investir na qualidade e agregar
valor. O que a gente vê é que quando o preço melhora um pouco o preço, todo
mundo sai plantando. Isto ocasiona um excesso de oferta um tempo depois e antes
de começar a colheita o preço já caiu”, disse.
Participaram
– Marcaram
presença os vereadores José Darcy Pereira de Três Pontas, de Santana da Vargem João Martins Boaventura (PMDB) e Expedito Alves de Oliveira (PSD),
o diretor da Fateps e pré candidato a prefeito João Victor Mendes, o diretor técnico industrial da Cocatrel Nivaldo Mello Tavares e o presidente
do Sindicato dos Produtores Rurais Gilvan Mendonça.
O diretor da Cocatrel Nivaldo Tavares, o presidente Francisco Miranda e o deputado federal Diego Andrade



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