segunda-feira, 14 de maio de 2012

PONTO FINAL NA POLÊMICA: Investigador e funerária falam sobre a polêmica envolvendo corpo de rapaz levado para a porta da Delegacia



Ninguém imaginava que a morte de um rapaz traria tanta repercussão

O caso ganhou enorme repercussão. Ninguém esperava que uma ação normal e um procedimento padrão da Polícia Civil se tornaria um dos assuntos mais comentados no facebook. O caso começou com a morte de um rapaz encontrado na cama de uma mulher no bairro Jardim Boa Vista na manhã de sexta-feira (11). Ela não soube informar nada a Polícia Militar, como ele se chamava, seus familiares nem mesmo ao certo como teria chegado em sua residência. A mulher que mora sozinha, ao acordar foi chamar o rapaz a quem teria dado lugar para dormir e ele estava morto. A Perícia foi chamada e liberou o corpo, removido pela Organização de Luto Cônego Victor, porém sem saber de quem se tratava.
O veículo foi até a Delegacia de Polícia (Depol) já na parte da tarde, para obter um documento, na verdade uma autorização para que o corpo passasse por necropsia em Varginha. Procedimento bastante usado quando não se sabe a causa da morte. Sem ele a empresa não poderia fazer o traslado até o Instituto Médico Legal (IML).
O veículo funeral foi até a Delegacia na Praça Tristão Nogueira buscar a autorização para fazer o traslado. Ai começou o grande mal entendido. Para o inspetor da Polícia Civil Marcelo Martinhos da Silva, um ato desumano e desrespeito com um ser humano.
Enquanto aguardavam a liberação do documento pelo Delegado, o inspetor foi até o carro funeral estacionado pouco acima da Depol a fim de retirar uma fotografia do rosto do rapaz, já que até então ninguém o conhecia, levantou-se a hipótese de se tratar de alguém de outra cidade e o rapaz ser sepultado como indigente. Segundo ele, dois taxistas que estavam próximos ao veículo foram chamados a observar o rosto da vítima, a fim de ajudar a identificar quem era. Uma terceira pessoa teria se aproximado e visto o rapaz no caixão. Inevitavelmente outras pessoas chegaram, mas em pouco tempo o carro da funerária foi fechado. “Salvo o equívoco de umas quatro pessoas, que de imediato tivemos como impedir de vê-lo. O carro continuou no mesmo lugar com o pisca alerta ligado”, afirmou Marcelo. A vítima então foi identificada como Fernando Ferreira da Silva. O que tirou o seu sossego foi saber que foram veiculas informações equivocadas na internet, o que trouxe chateação. Boatos que correram a cidade e se espalharam pelas redes sociais, davam a notícia de que o corpo estava exposto na Praça da Fonte, a fim de ser reconhecido e que não aconteceu. “Em momento algum houve a exposição do corpo. Tenho 15 anos de profissão, tenho família e nunca faria isto. Infelizmente as pessoas parecem ter prazer em ver notícias desta natureza. Orientado pelo delegado eu estive hoje (segunda-feira) na casa da família a fim de esclarecer que nada do que foi dito é verdade e não passou de um mal entendido. Surgiu de uma pessoa que fez uma brincadeira de muito mau gosto”, esclarece o inspetor da Polícia Civil.
A Organização de Luto Cônego Victor divulgou na tarde desta segunda-feira  uma nota no intuito de estabelecer a clareza dos fatos, ocorridos na sexta-feira. Isto porque são muitas informações desconexas sendo veiculadas através da internet. Na nota a empresa esclarece:
1ª quando uma ocorrência deste tipo acontece a pericia da Policia Civil é acionada, logo após a funerária também é chamada com o intuito de remover o corpo e levá-lo, se preciso, até o IML em Varginha, onde é feito a verificação das prováveis causas da morte.
2ª para o traslado do corpo ser realizado necessitamos de uma autorização dada pelo  Delegado de Polícia. Esta autorização é conseguida na própria Delegacia.
3ª chegando a Delegacia o inspetor da Polícia Civil Marcelo Martinhos da Silva, no intuito de verificar se alguém conhecia o falecido usou da boa fé retirando algumas fotos, já que ninguém conhecia o rapaz e ele não portava nenhuma documentação.  Em seguida perguntou a dois ou três taxistas se eles reconheciam aquela pessoa. Quando os taxistas o reconheceram, o Inspetor Marcelo seguiu então para o suposto endereço, sem contudo imaginar que pessoas maldosas ou até mesmo desinformadas fossem capazes de denegrir a sua imagem, a da Organização de Luto Cônego Victor e até mesmo do corpo.
4ª O que aconteceu de fato, é o que está descrito nesta nota. A Organização de Luto Cônego Victor, está há 13 anos no mercado, sempre pautando pelo respeito e seriedade as famílias. Por isso os fatos noticiados não condizem com nossa conduta. Nós da Organização de Luto Cônego Victor colocamo-nos desde já a disposição desta comunidade para demais esclarecimentos e estamos sempre a disposição da população.



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