segunda-feira, 14 de maio de 2012

Vereadores fazem a sessão mais longa do ano, votam 14 projetos e arrastam polêmica da lei das diárias




Denis Pereira
A Voz da Notícia
A sessão da Câmara Municipal de Três Pontas desta segunda-feira (14), foi bastante extensa e diferente das últimas em que a pauta tinha poucos itens. Na maioria delas não havia nada para ser votado. As 18:30 a reunião foi aberta com muito trabalho pela frente – 14 projetos de lei na pauta, sendo 6 de abertura de crédito especial de diversas áreas para a implementação de recursos no município, que totalizam mais de R$3,3 milhões.

No público a maioria das cadeiras foram ocupadas pelo farmacêuticos, funcionários de farmácias que foram acompanhar de perto a votação de um projeto de lei regulamentando as normas quanto ao funcionamento de farmácias nos plantões dos fins de semana.

Farmacêuticos, funcionários e donos de farmácias
acompanharam a sesssão
Atendendo a pedido do vereador José Darcy Pereira (PSD), o presidente Sebastião Pacífico (PSD) inverteu a ordem da pauta e o último foi o primeiro, para a satisfação do povo que ocupava as cadeiras no Plenário Presidente Tancredo Neves. De autoria dos dois a proposta primeira a ser votada foi a mudança no Código de Postura em relação às farmácias e drogarias. Em um requerimento apresentado na Casa Legislativa, a classe solicitou a regulamentação do horário e a imposição de multa por descumprimento da norma. Com elogios à união do grupo, a medida foi aprovada pelos vereadores, regulamentando o acordo dando mais garantia a empresários e funcionários.

O trabalho a seguir já com o plenário sendo esvaziado, foi a proposta de instituir por lei a Taxa de Expediente – espécie tributária regularizando a antiga tarifa de expediente instituída através de decreto. Como o parecer da Comissão de Justiça e Redação foi contrário, a discussão foi primeiro entorno desta analise contrária. Em votação, Antônio Carlos de Lima (PSD), José Darcy e Luis Carlos da Silva (PPS), foram contra a comissão e o parecer foi mantido.
A reformulação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS), criado por uma lei de 2005, propiciando o reconhecimento e a homologação pelo Conselho Estadual e pelo Conselho Nacional, possibilitando a execução, neste Município, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – (PRONAF) bem como o desencadeamento de diversas políticas públicas direcionadas ao fortalecimento e incremento da agricultura familiar e ao desenvolvimento rural sustentável, foi aprovada por unanimidade sem discussões.
Também passou rápido a votação da conversão do Loteamento Solar das Laranjeiras localizado na Comunidade das Figueiras, próximo ao Distrito de Pontalete, em condomínio fechado.  O loteamento de 72.600 metros quadrados tem projeto aprovado pela Divisão de Projetos e Obras da Secretaria Municipal de Transportes e Obras do município. Ele foi aprovado por unanimidade dos presentes.
O que gerou discussão quanto a sua legalidade diante de um período pré eleitoral, foi dar autorização ao Poder Executivo a conceder auxílio financeiro no valor de R$ 10 mil, ao piloto trespntano Antônio Eustáquio de Miranda Júnior, visando a realização do 4º Motocross Três Pontas. José Henrique foi o primeiro a manifestar contrário. Ele disse não ser contra o projeto, muito mesmo ao evento. O investimento é pequeno diante da repercussão que traz a cidade, mas, por questões jurídicas se absteria.  Sugeriu que a proposta deveria ter sido feita através de subvenção, o que não necessitaria de votação na Câmara, justamente por já estarmos no período eleitoral. O colega de partido Geraldo Alves Lopes (PMDB), acompanhou e ambos deixaram o plenário. Na votação, que teve duas abstenções, Geraldinho e José Henrique, foram favoráveis Alessandra Sudério, Sérgio Silva (PPS), Paulo Vitor da Silva (PP), Dr. Silvio César (PRP) e ‘Antônio do Lázaro’. Como eram precisos seis votos, a bola da vez foi presidente que acompanhou a decisão da maioria e votou contra. O piloto Tunico que acompanhava a sessão na primeira fila, deixou a Casa indignado.
Coube também aos legisladores, aprovar por unanimidade a permissão e o adequamento ao funcionamento do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Pessoas com deficiência.
A pauta seguiu com 6 projetos de lei do Executivo,  abrindo crédito especial. Alterando a Lei Municipal 3.051 de 29 de dezembro de 2009, que dispõe sobre o Plano Plurianual para o período de 2010 a 2013 e a lei que dispõe sobre a elaboração da Lei Orçamentária de 2012.
As propostas e seus respectivos valores todas aprovadas por unanimidade são: R$97.500,00 para a construção de uma quadra no bairro Santa Marta, R$146.250,00 para reforma dos pisos das quadras poliesportivas, R$1.600.670,00 para obras de pavimentação nas vias urbanas, R$690.000,00 para aquisição de equipamentos, como uma patrulha mecanizada para manutenção das estradas rurais, R4636.000,00 para a construção da Praça da Juventude no Parque Multi Uso da Mina do Padre Victor e mais R$151.031.22,00 para obras de pavimentação através do convênio 692/2009. Segundo Paulo Vitor é preciso reconhecer o trabalho que de fato faz o senador Clésio Andrade (PMDB) e o deputado federal Diego Andrade (PSD), como mostra estes recursos vindos de outras esferas para serem aplicados em diversas áreas e setores do município.
O Executivo apresentou veto parcial a um projeto do vereador Sebastião Pacífico, votado recentemente. A meta é ampliar o prazo para efetuar o desmembramento de terrenos no Cartório de registro de Imóveis, com área inferior a 200 e superior a 100 metros quadrados. O prazo havia terminado em dezembro de 2011. Com a nova proposta aprovada em março, os donos de imóveis podem fazer o desmembramento até 31 de dezembro de 2013. Defendendo que o projeto é de grande interesse social, apesar da votação ser secreta, a maioria defendeu derrubar o veto e votaram assim.
Do vereador Antônio do Lázaro foi aprovada para a Associação dos Peões de Rodeio do Sul de Minas, o título de utilidade pública.
Quase no fim, Luis Carlos da Silva liberou o projeto de resolução das diárias e com o clamor do plenário, a proposta de substituir diárias por adiantamento entrou em votação. Se esgotaram as discussões diante de qual medida seria a mais viável financeiramente e transparente. A proposta do vereador Sérgio Silva, assinada pela Mesa Diretora, sempre causou muita discussão. No caso da diária, cada legislador ou servidor da Câmara tem um valor definido para as viagens. Já no adiantamento, o legislador ou funcionário sai e na volta presta contas com notas fiscais e é ressarcido. A situação como os vereadores Paulo Vitor da Silva defendeu que foi um dos responsáveis, pela mudança pelas diárias. Luis Carlos disse que isto pode aumentar os gastos e não concordava com a mudança. Diante do embate, Paulo Vitor surpreendeu, propôs uma emenda mantendo as diárias mais que cada um apresente contas do dinheiro que recebeu da mesma forma que quer Sérgio Silva. Na bancada de frente, Luis Carlos rejeitou de novo. Foi ao presidente Pacífico e no pé do ouvido conversou. O presidente afirmou que não se pode apresentar emendas no plenário, o que costumeiramente é feito ninguém nunca disse ser impossível. Luis Carlos não se intimidou, pediu a Paulinho que retirasse a emenda, mas ele manteve com o apoio da bancada da oposição. No fim, a maneira encontrada para conseguir manter o projeto ainda vivo foi deixar que uma comissão de Finanças e Orçamento, retirasse da ordem do dia para analisar a emenda.
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