segunda-feira, 11 de julho de 2011

Francisco Eustáquio articula com lideranças sua pré candidatura a prefeito de Três Pontas, porque quer ver a cidade avançando mais


 
Mais um nome integra a lista de pré candidatos a prefeitura de Três Pontas. Trata-se do Delegado e Presidente da Associação dos Delegados da Polícia Civil de Minas Gerais, Francisco Eustáquio Rabello. Irmão de outro pré candidato, Paulo Luis Rabello (PPS), aos 66 anos, o trespontano Chico Eustáquio como é conhecido, já disputou duas vezes uma vaga na Assembléia Legislativa e hoje é o primeiro suplente do seu partido o PRP. Mora em Belo Horizonte, mas, semanalmente vem a Três Pontas onde tem uma residência e propriedades. Na última semana, ele foi sabatinado pela Equipe Positiva e respondeu diversas perguntas: se estaria disposto a concorrer a prefeitura com seu próprio irmão, se é um candidato independente ou pode ser apoiado pelo senador Clésio Andrade.

Depois que a entrevista foi veiculada na Rádio Positiva, veja na integra as respostas de Francisco Eustáquio Rabello.

Quais os seus planos para a eleição em Três Pontas em 2012?
Eu fui candidato a deputado estadual e fui premiado pelos trespontanos com quase 11.500 votos. Para mim foi uma satisfação muito grande. Ao longo de minha história, tenho contribuído sempre que posso com Três Pontas. Sempre estou vigilante nos interesses maiores da cidade. E quando eu recebi estes quase 12 mil votos, eu me sinto na responsabilidade de continuar, porque os avanços sociais, as conquistas da população em geral são feitas através da política. Sabendo disso, eu não posso abandonar os meus conterrâneos, a minha terra, sem continuar dando uma contribuição naquilo que eu puder. Então eu continuo político e estou na política. Quando perambulo pela cidade, porque eu venho semanalmente aqui, algumas pessoas me perguntam se eu vou me candidatar a prefeito ou a vice. Isto é um processo de negociação. Eu digo que sou trespontano, tenho um compromisso com o povo e vocês podem ter certeza que não vou furtar a responsabilidade de estar presente, apoiando, participando ou disputando. Vocês da Equipe Positiva, podem ter a certeza que nunca me furtei e não vou me furtar de ajudar Três Pontas nos avanços de que ela precisa caminhar.

Mas o senhor é um pré candidato a prefeitura de Três Pontas ou não?
Nós estamos negociando. Temos conversado com algumas pessoas que falam comigo e que citam meu nome. Eu tenho visto no jornal aqui de Três Pontas algumas pessoas tem jogado meu nome. São coisas que me envaidece e eu fico satisfeito de ser lembrado. Sinal de que existem pessoas que acreditam no meu trabalho. Agora dizer que sou pré candidato, ainda não houve convenção do partido. O que existem são comentários, pedidos e solicitações e alguns contatos mais próximos aonde as pessoas envolvidas nas questões políticas é que me indagam e eu digo que sim, que estarei presente.

Mas uma vez seu nome sendo indicado, sendo aprovado pelo partido, pode se concretizar uma possível candidatura?
Com certeza. Eu não deixarei de atender este chamamento.

O senhor seria um candidato independente ou pertenceria a um grupo político?
Eu acho que independência em política é muito difícil. Política é articulação. Você tem que articular, chamando inclusive aquelas pessoas que podem ter alguma resistência ao seu nome e mostrar que o seu nome é viável, que você tem programa, história e uma biografia. E que você vai projetar a sua biografia na administração pública. Todo o povo, os partidos políticos tem que conversar para haver um entendimento. Agora se houver uma coligação, ou uma articulação política maior é claro que se eu for convidado eu vou aceitar.

Comenta se na cidade que o senhor estaria disposto a disputar as eleições municipais e pertenceria ao grupo do senador Clésio Andrade. Isto é verdade?
Como eu acabei de dizer. Existe uma articulação também neste sentido, como outras pessoas que tem uma tendência de ser uma candidatura independente, já falaram comigo. Eu não afasto nenhuma possibilidade. Eu acho que para Três Pontas o momento é rico. Na sociedade, nos grupos em que vivemos existem situação e oposição. Eu que administrei quase que no primeiro escalão a entidade que eu pertenço, a Policia, lá existia também oposição ao grupo que administrava. E você tem que conviver harmonicamente com a oposição. Eu sempre digo, que infeliz é aquele povo que vive onde não existe oposição. Ela muitas vezes te ensina o caminho. Eu não tenho nada as pessoas que opõem ao meu nome ou opõem ao grupo que eu possa vir a pertencer amanhã. Pelo contrário, é a democracia que dá vida a sociedade, e quem faz isso é a oposição que te fiscaliza. Muitas vezes a oposição te ilumina porque você está indo para o caminho errado, porque ela te fiscaliza 24 horas por dia, te chamando a atenção. Eu parabenizo quem estiver na oposição em qualquer situação, nas esferas, trespontana, mineira e brasileira. Porque é ela que dá vida a democracia. 


O senhor disse que tem bom relacionamento com várias pessoas que pertencem ao grupo do senador Clésio Andrade, citando o nome de João Victor Mendes de Gomes e Mendonça. Poderia surgir uma dobradinha, entre João e o senhor?
Olha eu não afasto esta possibilidade. Eu sempre uso esta palavra que eu usei por intuição. Hoje já uso por um ato de inteligência, que é a articulação. O João Victor é uma pessoa que eu respeito, já deu demonstração de amizade e de carinho para com a minha pessoa. Como tenho com outros também que estão na administração do município que eu convivo bem. Alías, eu posso dizer a vocês que sou feliz porque que não tenho inimigos. Tem pessoas que tem posições contrárias as minhas. Mas as divergências ficam no campo das idéias não de ordem pessoal.

Dr. Francisco, o seu irmão Paulo Luis Rabello é também pré candidato a prefeitura. Se a sua candidatura vier a acontecer, o senhor estaria disposto a concorrer com seu irmão?
Olha o Paulo Luis é uma pessoa do bem, é meu irmão. Nós tivemos uns probleminhas de ordem pessoal. Eu disse e ratifico para vocês, eu não tenho inimigos. Eu não alimento o ódio, pelo contrário. Amanhã se ele for candidato a prefeito e se ele não vier no nosso grupo, vai haver uma disputa serena, tranquila e respeitosa. E as divergências que caso possam surgir vão ficar extremamente no campo das idéias.

Mas o senhor então aceitaria uma aliança com Paulo Luis?
Quem sabe. Articulação e conversação na política são boas para isso. A arte da boa política é essa.

Outro nome citado como pré candidato é também de seu partido, o Dr. Valério. Como o senhor avalia o nome dele numa possível disputa?
Eu tenho pelo Dr. Valério o maior carinho. É uma pessoa que me identifico muito e repito o que já disse em uma entrevista anterior, que ele é meu amigo. Aproveito para ratificar, que sou seu amigo, gosto demais dele e tenho um relacionamento com ele quase que de irmão. Se amanhã ele vier a ser candidato é um bom nome, que já esteve em disputa a uma cadeira para Deputado Federal e foi candidato também a prefeito. É um chefe de família e ótimo profissional.

Durante o mandato do seu irmão Paulo Luis, houve uma mobilização da comunidade contrária a instalação de uma unidade de um Centro Sócio Educativo. O senhor também participou levantando esta bandeira. O senhor continua com este mesmo pensamento?
Olha isto é princípio. Eu acho que o bom político ele tem que trabalhar no sentido de conquistas maiores para a população. Eu dizia naquela época e continuo dizendo que o político tem que procurar inicialmente atender a população na educação, no trabalho, na segurança pública e na cultura. Eu vi naquele momento, em razão de ter uma visão mais cósmica da questão de segurança pública, que queriam fazer de Três Pontas um depósito, entre aspas, “uma prisão de menores infratores”. Eu discordei no primeiro momento e como político, defendendo as questões políticas de Três Pontas não queríamos um retrocesso. Eu digo e repito, naquele momento eu vi alguns deputados de Varginha, um deputado Federal de Boa Esperança que não lutaram para levar o CEI, que é um Centro de Internamento de Menores para suas cidades. Ora, porque trazer aqueles menores com 16, 17 com 7 homicídios, com participação efetiva no tráfico e no latrocínio para serem recuperados justamente no Quilombo? Eu acho que seria um ato impensado da administração municipal. Eu procurei me interar e achei que seria um deserviço e uma covardia de minha parte ficar em silêncio naquele momento. Eu tinha que me manifestar. Eu continuo com o mesmo pensamento. Se amanhã houver qualquer movimentação neste sentido, eu vou estar novamente com aquelas pessoas e outras que queiram dar as mãos para lutar contra isso. Posso adiantar para vocês que tive uma conversa recente com a atual prefeita Luciana Mendonça que me prestigiou nas eleições, esteve do meu lado e pediu votos para mim, ela me disse que um deputado de Varginha, cujo nome não vou citar, vou deixar por conta dos leitores decodificar o nome que eu quero falar, que a chamou para fazer uma penitenciária na divisa de Três Pontas com Varginha para 200 vagas para marginais. Olha, ele gosta tanto de Três Pontas que ele quer colocar na divisa. Se ele luta tanto para o progresso de Varginha, porque que ele não leva para lá. Eu não poderia jamais concordar com isto

E a respeito da instalação da SUAPI que cuida dos presos, instalada recentemente em Três Pontas transformando a cadeia em presídio?
Olha, a nomenclatura que a lei de execuções penais dá, a este tipo de unidade de recolhimento de pessoas que comentem crimes ... aqui chama se cadeia pública. Eu digo para vocês que por uma questão de coerência e uma coisa que busco sempre. Acho que o homem tem que buscar sempre ser coerente. Não sei se vocês vão se lembrar da manifestação que eu fiz e por escrito, mostrando o perigo que é uma unidade prisional daquele tamanho no centro de Três Pontas. Eu acho que as unidades prisionais como sonho acontecer nas grandes cidades de Minas Gerais e percebo porque conheço o Estado quase que todo, elas são feitas fora da cidade. Pois poderá haver problemas, inclusive mediante a prestação de trabalho. Hoje a remissão de pena é feita através de horas em aulas. E eu digo, as celas não recuperam ninguém. Desafio qualquer pessoa envolvida na administração de uma unidade prisional a nos trazer alguém que foi recuperado nestas masmorras que existem em Minas Gerais e no Brasil. Nós temos que dar um passo a frente. Eu digo para vocês que hoje a SUAPI assumiu aqui e a coisa que eu já vi quando presidente do sindicato dos Delegados, ingressei com uma ação contra o governo do Estado, para que a Polícia Civil se afastasse. Então, eu não sei se as pessoas vão ficar alegres, mas, quando eu entrei com esta ação, nós obrigamos o Estado a arrumar mais de 10 mil empregos aos Agentes Penitenciários, inclusive alguns que estão trabalhando na cadeia pública de Três Pontas. Foi esta mão direita, de um conterrâneo que através de uma Ação Ordinária que conseguiu fazer com que hoje nós oferecêssemos mais 10 mil empregos à essas pessoas. Por uma questão de coerência, eu sei que cadeia não recupera ninguém. Há de chegar o dia, e ele não está tão longe assim e, inclusive deve estar sendo votado hoje o uso das tornozeleiras que serão colocadas nos pés d os presos, assim ele será será identificado em qualquer lugar. A criação desta cadeia, a forma que ela foi colocada e principalmente por estar no centro, ao meu ver, é um erro de estratégia inclusive da Secretaria de Defesa Social, através da sub Secretaria de Assuntos Penitenciários. Tenho o maior respeito por todos que trabalham aqui, mas continuo por uma questão de coerência, achando que não é um local adequado para se fazer uma cadeia pública, contraria a história do nosso município.

Qual a avaliação você faz da atual administração da prefeita Luciana Mendonça?
Tenho andado pela cidade e visto diversos postos de saúde que serão inaugurados brevemente. Gostei muito do que vi. Eu estive na construção da Escola do Sest Senat. Vi inclusive que Três Pontas foi pavimentada, porém acho que não houve marketing. O meu bairro estava cheio de buracos, todo deteriorado. Vi que houve uma melhora, mas, eu não vi propaganda. Se você faz e não anuncia ai fica muito fácil para o adversário denegrir a sua imagem. Agora questões menores eu não paro para examinar. Eu quero ver é avanços e estas questões de ordens minúsculas eu não paro para discutir. Três Pontas precisa avançar e crescer. Eu vi muitas obras que vão facilitar a vida de muitas pessoas. Na assistência social, na assistência a saúde, tenho somente que parabenizar. Existem muitas outras coisas a serem feitas que a gente está vendo. Agora, nenhum administrador tem varinha de condão, Desde a presidente Dilma, o governador Anastasia e a prefeita não tem varinha de condão.

Para avançar o senhor acha importante que a cidade receba o apoio do senador Clésio Andrade e do deputado federal Diego Andrade?
Nós temos que ter representantes na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal e porque não no Senado Federal. É lá que os orçamentos são buscados e se não houver pessoas com representação nestas Casas, não adianta lutar. Em Três Pontas os votos sempre foram a diversos deputados estaduais e federais. E o que nós ganhamos? Quase nada. E nós vemos cidades próximas de nós crescendo, porque tem deputado brigando por aquela cidade. Não importa quem, que apelido tem, pois na hora de buscar todos vem aqui... hoje o apelido é Diego e Dr. Clésio. Que seja encaminhado para cá muitos recursos e verbas porque nós precisamos avançar. Eu vou dizer a vocês um pensamento, sem nenhuma vaidade e sem pretensão de aparecer porque não é este meu discurso. Eu certa vez fui questionado por algumas pessoas que Três Pontas tinha que ter uma ligação direta com a Rodovia Fernão Dias. Continuo dizendo isso. Se fosse eleito deputado estadual, eu ficaria quatro anos na tribuna da Assembleia cobrando do governador do Estado esta ligação. Não é justo que tenhamos que passar por Varginha ou por Nepomuceno para alcançarmos a BR 381, a grande artéria que nos liga a São Paulo e Belo Horizonte, os centros mais próximos nossos. Acho que tem que haver um esforço da comunidade trespontana como um todo - senador, deputado estadual, federal, prefeito, vice e Câmara neste sentido. No dia em que conseguirmos isto, Três Pontas vai mudar o seu caminho, a sua trajetória. Tudo será mais fácil. Alguém que tenha idéias contrárias a minha que me convença que eu estou errado. Se nós examinarmos o corpo humano, a gente vai ver que as grandes artérias estão ligadas ao coração. Porque nós não temos que ficar ligados a uma grande artéria para estarmos mais próximos de São Paulo e Belo Horizonte e que todo trabalho e produção nossa, chegue com mais rapidez aos grandes centros.

O senhor nos disse em off, que tem um compromisso com Três Pontas. Que compromissos seriam estes?
Eu vou rememorar um pouquinho. Eu sempre quis, eu uso a expressão que a gente tem que despolonizar Três Pontas de todos os outros grandes centros, aonde precisamos de cidades vizinhas que tem populações maiores e tem representatividade na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa. Não sei si as pessoas vão se lembrar, mas para o cidadão tirar uma Carteira de Identidade precisavam ir a Varginha. Para registrar um veículo precisava também para ir para lá. Eu aproveitei o momento que fui superintendente geral e trouxe para cá, a identificação civil que se faz na hora. E a cerca de 3 anos eu consegui mais um equipamento aonde você tira a Carteira de Identidade na hora. Se o número de funcionários é pequeno, então não dá para atender todo mundo todo dia. Registro de veículos se faz on line. Estou sempre presente. Participei desta luta não deixando que aqui se formasse uma mini penitenciaria de menores infratores. Eu acho que planos para atender Três Pontas eu tenho vários. A questão da educação, da estrada que eu citei, existem muitas coisas a serem feitas ainda. Casa popular, por exemplo, através do Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, a gente precisa avançar mais e criar mais unidades. Porque a gente anda por ai, a gente vê gente morando em verdadeiros cortiços. Isso fere a dignidade humana.

O senhor desistiu de ser deputado estadual?
Esta é uma palavra que para mim não existe. Tenho uma dificuldade muito grande de recuar e desistir. Eu sou um otimista que acredito sempre. Quando quero uma coisa eu quero para valer, não brinco em serviço e afirmo que não desisti. Amanhã quem sabe havendo a possibilidade de uma nova candidatura. E eu também sou o primeiro suplente de meu partido. Fala se que o Deputado do meu partido João Vitor Xavier pode ser candidato a vice prefeito de Belo Horizonte. Se isso acontecer e eles me chamarem para assumir a vaga, a gente vai mostrar aqui veio. Eu acho que a gente não pode ser mais um, mostrando a diferença.

O que mais o senhor gostaria de acrescentar nesta entrevista?
Eu aproveito a oportunidade que vocês me dão para agradecer. Aproveito para agradecer a confiança que meus conterrâneos depositaram na minha pessoa. Sei que a cidade não avançou o quanto precisava, mas pode avançar mais. Eu deixo o meu abraço e me coloco a disposição. Vocês podem ter a certeza que onde eu estiver, aonde chegar um trespontano, tem um irmão dele ali para lutar junto com ele.  



NOTA DA EQUIPE POSITIVA:
A Equipe Positiva cumpre fielmente o seu papel de um verdadeiro órgão de imprensa, dando a mesma oportunidade a todos os pré candidatos ao serem ouvidos. Sem rabo preso com ninguém - político, grupo, administração, ou facção política, bem diferente de outros veículos, perguntamos o que as pessoas nas ruas gostariam de saber. O próximo a ser sabatinado é o atual prefeito de Santana da Vargem Argemiro Galvão (PDT) que também pretende colocar seu nome a corrida a pré candidatura.