domingo, 7 de julho de 2013

PROTESTO: Funcionários do PAM reduzem atendimentos; Administração diz que cobranças não condizem com a verdade


PAM
Denis Pereira – A Voz da Notícia
Na onda de protesto que está ganhando setores da sociedade, os funcionários do Pronto Atendimento Municipal (PAM) de Três Pontas, reduziram os atendimentos durante esta quinta-feira (04), para demonstrar a insatisfação quanto aos salários recebidos e benefícios, que segundo eles, foram cortados. Por oferecerem um serviço diferenciado havia uma remuneração diferenciada, seja através do pagamento de uma gratificação ou de horas extras, por conta do trabalho realizado diuturnamente, sem folgas nos fins de semanas ou feriados. Com isto, a carga horária ultrapassa o restantes dos servidores da prefeitura, que por exemplo, trabalham nos postos de saúde.
Durante boa parte da manhã, usando nariz de palhaço e cartazes, os funcionários chamaram a atenção de quem passava pela Rua Barão da Boa Esperança.
O atendimento foi reduzido e segundo informações divulgadas de manhã, ele permaneceu assim até o fim do plantão, às 19 horas.
Na lista de pedidos eles acusam que a gratificação incorporada ao salário foi cortada no fim da Administração anterior. Os profissionais passaram então a receber horas extras trabalhadas que também não são mais pagas.
O projeto de lei revogou a Lei Municipal 3.347 de 28 de dezembro de 2012, que trata da gratificação de 30% do vencimento base dos servidores, para quem atua no Serviço de Emergência do Pronto Atendimento Municipal (PAM).  A matéria chegou à Câmara com alegação de que a medida está em total desconformidade com a legislação infraconstitucional, bem como a Constituição da República.
A Administração se posicionou no fim da tarde sobre a manifestação realizada pelos servidores que atuam no PAM. O prefeito Paulo Luis Rabello (PPS), disse não entender o motivo da manifestação. Ele começou destacando que o País é democrático e qualquer pessoa pode manifestar sua indignação ou descontentamento, desde que seja servidor.
Logo quando soube do início da manifestação, ele foi pessoalmente ao Pronto Socorro e ficou surpreso porque lá estavam pessoas que não fazem parte do quadro da prefeitura. Alguns são estagiários que cursam enfermagem em uma escola técnica que funciona na cidade. Ao vê-los lá, imediatamente o prefeito telefonou para a direção da cooperativa e contou que estranhava o apoio que a instituição dava ao movimento. “Adiantei que desta forma seria complicado continuar abrindo as portas do Município para que os alunos façam o estágio ao qual eles precisam fazer”, adiantou.
Durante a conversa, ele foi informado que a escola não tinha autorizado a participação no movimento e que providências seriam tomadas.
O Chefe do Executivo considera justa a reivindicação dos servidores, desde seja legal, já que os cartazes que os funcionários empunhavam não condizem com a verdade, na visão de Paulo Luis. “Em momento nenhum esta Administração, que começou em janeiro, tiramos benefícios, como pagamento de horas extras, apenas cumprimos lei. Mas não daremos horas extras graciosamente. Os que trabalharem receberão. Não da forma que muitas pessoas entendem. Da mesma forma que não será paga insalubridade a funcionários que não tem direito. Por isto é que há um técnico de segurança do trabalho responsável por avaliar e passar aos recursos humanos para que o pagamento seja efetuado.
A Guarda Civil Municipal acompanhou a movimentação pacífica.

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