quinta-feira, 26 de maio de 2011

Agricultores familiares usam derriçadores de café para colher o produto






Denis Pereira
Voz da Notícia

Os agricultores familiares das propriedades rurais de Três Pontas estão utilizando muito as derriçadeiras manuais de café. Parecido com uma roçadeira, o equipamento possui um conjunto de pentes vibratórios que agiliza a colheita do grão e faz a colheita do grão ser mais rápida, sem perder a qualidade.
Com preço bem mais acessível, do que uma grande máquina colheitadeira, esta é uma opção incentivada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Assalariados e Agricultores familiares.
Na agricultura familiar o cultivo da terra é realizado por pequenos proprietários rurais, tendo como mão de obra essencialmente o núcleo familiar, em contraste com a agricultura patronal - que utiliza trabalhadores contratados, fixos ou temporários, em propriedade médias ou grandes
O agricultor familiar Ronan Montauvão Diniz afirma que o trabalho das chamadas ‘maquininhas’, é a grande opção de quem é pequeno, para proporcionar um maior rendimento, aumento no lucro e adiantamento na colheita. Segundo ele, o rendimento varia de acordo com as condições da lavoura, mas pode chegar a dobrar se comparado com a colheita manual.
Ele não esconde que o café vive um bom momento, no que se refere a preço e espera que o valor pago se mantenha durante este período de safra. “O preço está melhor em torno de 40 a 50%,” calcula Ronan. “É hora de recuperar o prejuízo e pensar em aumentar a lavoura, quem tem espaço. Pois muitos já usam toda a área para plantar o café ou outras hortaliças para vender”, afirma ele. 
Na sua propriedade a 7 km do centro da cidade, no Sítio Pinheiros toda a sua família trabalha e vive da agricultura. São três pessoas que trabalham diariamente para colher todo o café.
Para o presidente do Sindicato Vicente José da Silva que visita com freqüência diversas propriedades rurais, a intenção da entidade é fortalecer a agricultura familiar. Ele acredita que ela estando forte é bom para o município e para os assalariados. “Há um tempo atrás, o agricultor não conseguia sobreviver, não tirava seu sustento da sua própria terra, por isso, tinha que trabalhar para terceiros, hoje ele está conseguindo”, afirma Vicente.
Vicente reconhece que o preço do café vive um bom momento, pois os cafeicultores e pequenos agricultores principalmente, estavam sem estímulo a cuidar das lavouras. “Este preço reanimou a todos e a expectativa é que este mercado mantenha o preço atual.
Sobre o trabalho da derriçadora, o sindicalista aponta que ela veio ajudar os pequenos que não tem condições de trabalhar com estas grandes máquinas colheitadeiras. E ainda, dobrando o número de sua produção. “Com estas maquininhas, os agricultores estão conseguindo fazer a colheita de sua propriedade sem precisar contratar”, conta. Ele orienta que os trabalhadores não podem deixar de utilizar os equipamentos de segurança como os óculos, por exemplo, para proteger os olhos.
O agricultor Ronan Montauvão elogia o trabalho do sindicato, que oferece grande apoio aos agricultores familiares, principalmente na questão burocrática. Além disso, sempre realiza cursos, palestras e encontros para promover os conhecimentos de quem tem na terra o sustento de sua família. 

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